Um método inovador de redução de estômago sem incisões teve o seu primeiro paciente na sua fase de testes clínicos em New York, EUA.
Os médicos Marc Bessler e Daniel Davis fizeram a cirurgia do Procedimento TOGA (acrônimo para gastroplastia transoral) que, como outros procedimentos contra a obesidade, têm o objetivo de alterar a anatomia do estômago do paciente para dar a impressão de saciedade com uma pequena refeição. O grande diferencial é que o TOGA é feito por endoscópios com instrumentos especializados que operam através da boca sem qualquer incisão.
“Esta nova cirurgia é uma opção estimulante para pacientes severamente obesos que não respondem à dieta, exercícios e terapia com drogas [remédios para emagrecer]. Nós esperamos mostrar que, como outras operações de emagrecimento, o procedimento TOGA os ajudará a perder peso e melhorar sua saúde”, disse o Dr. Marc, o investigador principal e diretor do Centro para Cirurgia de Obesidade do Hospital NewYork-Presbyterian/Columbia. Ele também é professor assistente de cirurgia na Universidade de Columbia.
No novo procedimento emagrecedor o cirurgião insere uma variedade de dispositivos de grampeamento flexíveis através da boca até o estômago e os usa para criar uma bolsa restritiva que tem o objetivo de capturar a comida que entra no estômago, dando aos pacientes a sensação de saciedade depois de uma pequena refeição.
“Os benefícios da abordagem endoscópica são menos dor, recuperação mais rápida, diminuição da estadia no hospital e redução de complicações e cicatrizes”, disse o co-investigador, Dr. Daniel cirurgião do mesmo hospital e também professor da Universidade de Columbia. “O TOGA certamente será uma opção para pacientes que não podem ou não querem submeter-se a cirurgias mais invasivas.”
Um estudo piloto descobriu que os pacientes que recebem o procedimento TOGA perderam mais de um terço do excesso de peso corporal. Depois de um ano a perda de peso estava, em media, em quase 40%.
No estudo atual dois de cada três pacientes receberão o procedimento TOGA e o terceiro receberá um tratamento de controle similar ao TOGA, mas sem criar a bolsa no estômago. Trata-se de uma cirurgia placebo com o objetivo de avaliar se a efetividade do tratamento não seria meramente psicológica no paciente. Depois de um ano os pacientes saberão qual procedimento receberam e os pacientes que foram do grupo de controle poderão então receber o TOGA se ainda estiverem dentro dos critérios.
Todos os pacientes destes testes clínicos serão acompanhados por, ao menos, um ano. Todo o tratamento não terá custo aos voluntários, que também receberão aconselhamento nutricional com acompanhamento médico.
O objetivo é avaliar a segurança e efetividade do procedimento TOGA. Investigadores irão avaliar a perda de peso e mudanças nos problemas de saúdes relacionados à obesidade como a diabetes, colesterol e hipertensão. Se obtiver sucesso é esperado que o FDA dos EUA aprove o novo sistema de cirurgias que permitirão aos pacientes serem tratados fora dos testes clínicos.
No total serão operados 275 pacientes em todo o EUA. Voluntários devem ter entre 18 e 60 anos de idade, mais de 45kg, e ter tentado sem sucesso outros métodos não cirúrgicos de perda de peso.
A obesidade já é um problema mais numeroso do que a fome, afetando 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a World Health Organization. A obesidade causa ou complica muitas doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, artrite, apnéia do sono e certos tipos de câncer. [TOGA, HDN, Columbia)
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
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